quarta-feira, 7 de abril de 2010

A pertinência da relação - Professor X Aluno - Uma análise disciplinar.


A indisciplina gerada no ambiente escolar tem sido alvo de vários questionamentos por parte dos profissionais da educação, pois se tornou um dos entraves diante deste processo, no que se refere ao fazer pedagógico como um todo.
O educador parece não dispor mais da devida autonomia dentro da sala, enfrentando problemas como falta de respeito, baixo rendimento da turma e falta de interesse em relação aos conteúdos ministrados.
Frente a esta realidade que o cerca, ele, no objetivo de solucionar a questão, acaba apostando em metodologias frustradas e ineficazes.
Uma delas é o castigo como forma de repressão, cujo resultado, muitas vezes, é a própria repulsa por parte do educando, instaurando com isso um clima de competitividade entre a convivência, no qual nada contribui para que a problemática seja amenizada.
Diante disso, torna-se interessante repensar sobre a atuação docente, uma vez que a indisciplina pode ter raízes na relação professor X aluno.
O fato se comprova partindo do princípio de que o relacionamento pautado no respeito mútuo e na cooperação são requisitos básicos para a concretude dos objetivos almejados.
Para isto, algumas medidas tendem a colaborar para a eficácia dos resultados com base nos seguintes princípios:
# Diante de um problema surgido em sala, o aluno espera o dinamismo, a autenticidade do professor frente às tomadas de decisões, sem que estas impliquem a participação de algum membro relacionado à parte administrativa da entidade, como diretor, coordenador pedagógico, entre outros.
# Procurar manter a autoridade sem demonstrar autoritarismo é imprescindível para que o aluno se sinta “sujeito” de sua própria vivência, onde o respeito será algo conquistado paulatinamente, não algo imposto por meio de regras previamente determinadas.
# Promover situações-problemas, propiciando um clima de reflexão a respeito de “possíveis” conflitos, procurando sempre fazer com que os educandos se coloquem no lugar da pessoa afetada. Tal medida aprimora o caráter e a personalidade, como também valoriza a importância do poder de decisões.

Enfim, frente a esta postura, não significa que o educador deve se redimir do seu verdadeiro papel, possibilitando com isso a desordem, mas que no mínimo sua didática esteja adequada ao universo de seu público-alvo e que suas relações estejam voltadas a favorecer gradativamente um ambiente de respeito e reciprocidade, com base em princípios morais e éticos.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

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