domingo, 28 de março de 2010

A importância dos LIMITES:


Crianças precisam de controle, mesmo que não concordem com isto.
A criança, quando começa a movimentar-se sozinha, precisa de liberdade para explorar o ambiente ao seu redor, como abrir gavetas e tirar todo o seu conteúdo para fora, mas não para colocar os dedos em uma tomada elétrica ou tocar em um fogão quente.
Quando começa a caminhar e a correr é importante que os espaços lhe sejam franqueados para brincar ao ar livre, mas não pode atravessar uma rua sozinha. A liberdade é vinculada a limites e não há como separá-los.
E a criança precisa aprender o conceito de que nem sempre se pode fazer tudo o que se deseja.
A criança precisa de liberdade, mas também necessita e busca em seus pais a resposta para a pergunta: até onde posso ir?
Ao testar os pais, a criança está emitindo uma mensagem muito clara: está dizendo que precisa de ajuda para descobrir o que pode e o que não pode fazer e a atitude dos pais será de extrema importância neste aprendizado.
Impedir a independência progressiva da criança, tolhendo-lhe a liberdade, é impedir que ela se transforme numa pessoa consciente, autonoma e com personalidade.
Mas é preciso reconhecer que a disciplina é uma pré-condição para a vida, inclusive para as atividades de lazer (imagine-se um jogo de futebol praticado por prazer nos finais de semana sem nenhuma regra, seria na verdade uma grande e desagradável confusão).
Pode não ser fácil, mas é indispensável encontrar o ponto de equilíbrio entre o limite e a liberdade para que os pais possam contribuir na formação de seus filhos. Inclusive, a ausência de regras e limites será interpretada pelos filhos como falta de atenção, descuido e abandono.
Pode até ser difícil estabelecer limites, pois exigem paciência, persistência, afeto e dedicação.
Mas não é possível educar filhos sem eles.


Fonte: http://montardo-ap.blogspot.com
Jorge Montardo
Médico Pediatra /Mestre em Educação

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