quarta-feira, 28 de julho de 2010

Inclusão: Sonho ou Realidade???


Eis a palavra que vinga, hoje, no meio educacional: INCLUSÃO!!!!!!!!
Antes de tudo, é melhor que se defina o que significa Inclusão Escolar.
Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como "perfeitos e não perfeitos", "normais e anormais".
É aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática traz vários benefícios.
Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.
E é aqui que começamos a nos questionar sobre o que é real e o que pode ser quase utópico, mediante a realidade de nosso sistema educacional.
Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre "ensinar inclusivamente"?
É como se quiséssemos colher frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.
A Inclusão Escolar só pode ser viável enquanto fruto e não como terra ou arado Ela só poderá acontecer realmente quando aquele que tem a função de plantar, ou seja, o professor e toda a equipe que faz parte do funcionamento da escola, desde a diração até o servente, mudarem sua atitude em relação ao lidar com a diferença, aceitando-a, estabelecendo novas formas de relação, de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores que abarcam pena, repulsa e descrença.

Está nosso sistema educacional preparado para acolher a diferença em suas salas de aula?

Como acolher o aluno com necessidades especiais se não se consegue lidar saudavelmente com as diferenças inerentes à própria existência humana?
Somos seres humanos em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio reside, antes de tudo, em permitir que o aluno portador de necessidades especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como fonte de contato verdadeiro e de amadurecimento mútuo.

Fonte: www.elisabethsalgadoencontrandovoce.com

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